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Fonte: https://www.blog.thiemerevinter.com.br/blog/c%C3%A2ncer-de-mama-durante-a-gravidez-6-respostas-sobre-o-tratamento
O câncer de mama na gravidez é raro - representa apenas 0,1% de todos os tumores malignos diagnosticados – mas quando ocorre é sempre fonte de angústia por parte das pacientes e familiares. Apesar da apreensão envolvendo o prognóstico da doença, a oncologista, Bianca Toledo Scholer garante que a cura da doença sem afetar a saúde do bebê. Médica-Titular, Cirurgiã Oncológica do Departamento de Mastologia e Reconstrução Mamária no Hospital de Amor de Barretos, ela é autora do capítulo Câncer de Mama na Gestação” do livro Câncer de Mama – Uma filosofia de tratamento Breast Unit Barretos, ela falou conosco sobre como é feito esse tratamento e outras importantes questões envolvendo o câncer de mama durante a gestação. 1- Quais as principais questões envolvendo o tratamento do câncer de mama durante a gestação? São várias, mas principal sem dúvidas é conseguir fazer com que o tratamento para a gestante que seja o mais parecido possível para uma mulher não grávida. Isso é feito muitas vezes adaptando o tratamento, uma vez que é preciso sempre levar em consideração o bem-estar da paciente e do feto. Por isso, no caso do câncer de mama durante a gravidez, aumenta a necessidade de se fazer nesse caso é fazer esse tratamento de forma ainda mais individualizada e com uma equipe médica multidisciplinar. 2- Existem diferenças no tratamento de câncer de mama entre uma mulher grávida e outra não gestante? Existem diferenças. Entretanto, deve-se sempre tentar um tratamento mais próximo possível a de uma mulher que não esteja passando pela gravidez, que é o tratamento ideal. É claro várias adequações devem ser feitas já que esses são casos especiais. A escolha de iniciar o tratamento pela quimioterapia ou por um procedimento cirúrgico, por exemplo, está diretamente ligada à idade gestacional. Já a radioterapia que deve sempre ser postergada para depois do parto, assim como a hormonoterapia. Entretanto, caso esses procedimentos sejam indicados, eles não deixarão de ser realizadas. Então de uma forma geral o tratamento é bastante similar. 3- Como a criança pode ser afetada pelo tratamento? Isso é muito importante. A quimioterapia, se iniciada no primeiro trimestre da gestação, possui risco de 10% a 20% de chances de causar más-formações fetais, sendo muitas delas graves. O uso do trastuzumabe (remédio comumente usado no tratamento de câncer de mama), por exemplo, deve ser evitado durante todo o perídio gestacional, pois pode causar má formação fetal e até mesmo alterações no volume do líquido amniótico. Da mesma forma, a hormonoterapia pode causar uma série de alterações congênitas, enquanto que a radioterapia, que não deve ser realizada em nenhum momento durante a gravidez, uma vez que o há alto risco de levar a más-formações bastante graves e até ao óbito do bebê. Câncer de mama durante a gravidez é raro, mas pode acontecer. O tratamento exige cuidados extras da equipe médica, principalmente na avaliação de qual tipo de terapia deve ser utilizada 4- Existem situações em que a mulher não possa realizar o tratamento? A contra-indicação formal seria principalmente a má-formação obstétrica. Ou seja, no caso de no pré-natal a gestante já ter um diagnóstico de alguma comorbidade limitante, no qual o tratamento seja cirurgia ou quimioterapia sejam impossíveis de serem realizadas pelo risco da mãe ou ao feto. Não existindo essa possibilidade, o que existe são momentos sensíveis da gravidez em que a mulher não pode realizar tratamento. É claro que existem situações sensíveis. Por exemplo, uma paciente com um tumor metastático que não tenha indicação cirúrgica ou uma paciente com um tumor localmente avançado onde não seja possível se iniciar o tratamento pela cirurgia e ela esteja no primeiro trimestre da gestação. Nessas situações, em países onde o aborto é legalizado, o procedimento deve ser discutido com a paciente, para que não seja postergado o tratamento que poderia, no caso de um tumor avançado, manter a chance e possibilidade de cura da paciente ou, no caso do tumor metastático, a possibilidade de controle da doença. Já em países em o aborto não é legalizado, essas pacientes terão que atrasar o tratamento até depois do segundo trimestre, depois de doze semanas, para não ocorrer o risco de má-formação do bebê. 5- Há diferença de eficácia no tratamento de mulheres gestantes e não gestantes? Tirando a necessidade de adequar às drogas e as etapas do tratamento aos momentos mais seguros da gravidez, se possível postergando parte do mesmo para o pós-parto, não há diferença na eficácia de tratamento no modo geral. Não há qualquer diferença no prognóstico de uma mulher grávida ou não, se a gente ajustar para o estágio semelhante do diagnóstico. O que chama atenção, e que faz os casos das mulheres grávidas parecerem casos de pior prognóstico, é que a maioria dos casos são diagnosticados em estágios mais avançados. Principalmente pela dificuldade da realização do diagnóstico, devido às alterações que acontecem na mama no período gravídico. Isso acontece seja na detecção do exame físico, no próprio autoexame, ou na realização de uma mamografia. Aliás, é importante que se diga: é possível fazer uma mamografia durante a gravidez. Claro, usando a devida a proteção abdominal, para que não atinja o feto. É importante dizer isso porque muitas vezes o exame é deixado de lado, seja pelo medo do médico de indicar ou mesmo a dificuldade de uma mamografia diagnosticar um nódulo na paciente gestante. E de fato, o exame tem mais limitações na gravidez, por conta dessas alterações naturais que acontecem na mama. 6- Quais as principais descobertas realizadas a respeito do assunto? Na verdade a possibilidade da realização do tratamento do câncer de mama na gravidez, por si só já é uma grande descoberta, porque é relativamente recente. Hoje em dia a gente sabe que realizando as devidas adequações no tratamento é possível tratar uma paciente gestante do câncer de mama com muito menos riscos que se imaginava anteriormente. Outra possibilidade da realização do linfonodo sentinela, que também é uma descoberta recente. Até pouco tempo atrás se indicava a linfadenectomia axilar para todos os casos, pelas alterações que acontecem na mama durante esse período e que poderia alterar a drenagem linfática, dificultando a chance de falsos negativos e a detecção dos linfonodos sentinelas. Já se sabe hoje que até a possibilidade do uso do método como a linfocintilografia é seguro e não produz risco de má formação fetal. Então essas e outras descobertas que hoje vem tornando possível adequado para a mulher grávida com o mínimo risco possível para o feto e para a mulher. Mas, sempre lembrando que sim, o tratamento de câncer de mama na gravidez exige um cuidado dobrado. Deve-se ser realizado de forma interdisciplinar, afinal existem duas vidas em jogo: uma a ser tratada e outra a ser preservada. É um tratamento mais difícil, mas que sim, é possível.
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